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quarta-feira, 31 de julho de 2013

A Ruiva do Andar da Esquina

De: A Ruiv do Andar da Esquina

-Clara? - Tentei eu, mas a minha voz demasiado baixa não chegou aos seus ouvidos – Clara? – Agora quase que gritara, dera dois passos apressados e aproximara-me mais – Clara Papoilas? – Agora sim gritara e corria atrás dela. Ela parara … Foram preciso duas fracções de segundo para avistar de perto o seu rosto tão próximo do meu, tal eram os seus 175 centímetros de formosura. Sorri, sorri como há muito não sorria quando me apercebi que era ela, a minha Ruiva do andar da esquina, ali está a mulher por quem eu movi mundos e fundos, ao fim de tantos anos, de tantas emoções, de tanto tudo e nada. Recordara agora o último momento que a tivera tão perto de mim, foi algures em Londres, quando ela colara os seus lábios aos meus. Não pude finalizar este doce pensamento, porque antes de criar mais uma qualquer imagem na minha mente, ali estava o corpo dela cada vez mais próximo do meu, o seu sorriso, o seu brilho e os seus lábios cozidos nos meus, tal como na última vez que a vira. Eram carnudos, doces, quentes e afogavam-se em mim, o seu nariz brincava à apanhada com o meu e os seus esguios braços entrelaçaram-se no meu pescoço quando as minhas mãos aconchegaram as suas costas e puxaram-na cada vez mais para junto de mim, como se eu a quisesse engolir. Talvez quisesse, tal era a sofreguidão daquele beijo tão esperado. Dei por mim a tentar controlar as minhas mãos, que desesperadamente queria percorrer as suas costas até chegar ao seu guloso e redondo traseiro. De repente questionei-me: Mas que raio estas tu a fazer? Mas nenhuma resposta importava porque o seu corpo continuava pegado ao meu, os seus braços entrelaçados e a sua boca semiaberta brincando com a minha.



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