-Sentia-me perdida. Continuo perdida.
-Fica perdida nos meus braços.
-Não digas isso se não o queres verdadeiramente
Gabriel. Não me faças sofrer.
-Não o farei. – Dito isto beijou-me suavemente
os lábios, deixando réstias de si, em mim, no meu rosto que exprimia a fadiga
com que eu lutava. Segundo a minha infiel intuição seriam cerca de dez horas e
depois de me ter perdido no corpo forte daquele homem que agora me olhava com
um ar sereno, sentia os meus olhos a fechar, via apenas o seu rosto turvo
encostado ao meu. Ainda sentia os meus olhos inchados das lágrimas gordas que
corroboraram com o meu estado de espirito e perdida em pensamentos que nem eu
percebia, adormeci.
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