Eram
quatro da madrugada quando eu honrei a cama com a minha presença, os lençóis
estavam frescos e doceis ao meu toque. Acolheram o meu corpo cansado com toda
a harmonia. Deitei a cabeça na almofada e relembrei todos os segundos da noite
que passara. O quão calorosa fora?
Os meus olhos rogavam pela cómoda
escuridão que os ia confortar, aniquilando o cansaço mortífero que
tombava sobre o meu corpo. Mas eu fazia a força de um guerreiro para os
despertar, dando-lhes a coragem necessária para focar a luz artificial do ecrã do telémovel que de tão perto de estar tocava no meu nariz gelado.
Talvez se aqui estivesses o meu corpo não estaria tão gelado como a ponta do meu nariz estava. Os meus pés não seriam gelo e as minhas mãos gelo não seriam.
Talvez me derretesses
E foi imaginando a tua presença cosida ao meu corpo que os olhos perderam-se e a escuridão
assolou o meu mundo.
O telemovel acabou por tocar, mas nessa altura, já eu estava junto a ti.
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