Ganhei forças
e voltei a enlaçar os seus braços voláteis e quentes em redor do meu pescoço. As
suas pernas estavam tão dóceis que me escorregavam por entre os dedos, o seu cabelo
desta vez cheirava a ironia, sarcasmo, talvez a escárnio, cheirava ao “odeio-te”
que sabe a “amo-te”, cheirava a todas essas palavras que eu lhe queria gritar, mas
que não tivera oportunidade e audácia para tal. Mas no fundo, o que envolvia e ligava
todas essas possíveis conjunturas era aquela consciência, aquela afeição, aquele
sentimento tão pequenino mas tão influente, tão valioso para mim. Tão desprezível
para ti. Talvez amor?
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