misericórdia - não de ti, de mim.
Eu tenho de ter misericórdia de mim, de mim e do meu corpo desgastado, das minhas mãos frias receosas do calor em meu redor, dos meus cabelos desfeitos do vento cortante, dos meus pés sabedores que decoram o caminho que eu teimo em esquecer.
Mas acima de tudo, misericórdia da minha cabeça, que agora mais que nunca tem de pensar, tem de tomar decisões. E se antes fazia de tudo para a perder, para a esquecer, para desligar ... Agora chamo o raciocínio. O raciocínio e a misericórdia. Chamo a calmaria. A calmaria e a misericórdia - (De mim e agora de ti. Mas mais de mim, muito mais querido "tu"). Quero encontrar-me algures perdida onde nos conhecemos. Quero saber querer. Desejo (E agora sim sei desejar)
Quero as respostas que sempre tive e sempre guardei no meu regaço - as respostas e as soluções que sumiram.
-Já disse misericórdia?

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