Ela
aproximava-se de mim, cada vez mais. Quando dei por mim, o seu rosto estava
colado ao meu e as suas mãos junto ao meu pescoço. Envolvia-a num abraço
quente, recordei o seu cheiro e inspirei-o como se dependesse dele. Foi como
uma lufada de ar fresco, um último suspiro. Eu sentira a sua falta, só não me
recordava de o ter sentido. Como era possível, eu ter esquecido aqueles olhos
carregados de tinta preta, aqueles olhos doces e formosos? Como era possível eu
ter esquecido aquele cheiro e aquele sabor? Percebi isso quando ela
aventurou-se e ofereceu-me um beijo que aceitei de bom grado, quando dei por
mim, ela aninhara o seu corpo ao meu e a sua língua voluptuosa vagueava por
entre as sensações vividas do meu paladar.
Até que enfim, estás de volta, Querida Raquel.
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