O tecto abafava a minha voz, que teimava em voar ainda mais alto, em fazer-se ouvir ... talvez. A certeza não é assim tão consciente e a voz pobre, rouca e dorida tencionava gritar as palavras, chamando o sentido, perdido, morto, esquecido.
A sentença já fora lida, a defesa depois de preparada, abalada. As testemunhas julgadas, mas os resultados, esses loucos e ansiosos não foram parar a boca do mundo, à tua boca, à boca do meu mundo, como eu um dia tencionei que fossem.
Envolto em enredos e dramas, foram engolidos com sôfrego deixando apenas um soluço para trás, como sinal da esperança já algo morta. E no limbo, agora brincam. Entre mim e ti. Eu e tu, nós e eles. Eles e a Lua.
Escravos num mundo que se envergonhou e exilou-os, mandando-os para onde só eu consigo espreitar.
Eu.
Eu e a Lua.
Eu.
Quem está sozinho agora?

Lindo, lindo, lindo !! E lembra-te que nunca estarás sozinha, nem mesmo se a Lua não te sorrir.
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