Também tenho uma fraqueza pelo azul, pelo meu azul e pelo teu. Pelo azul escondido dos teus olhos, disfarçado por todas as outras cores num só flash.
As ondas encruzilhavam os meus pés lutando por batalhas já com finais antevidos, lidos e relidos, perdidos ... Então, nessa altura, decidi falar com ele, oferecendo palavras que ele engolia com tamanho sôfego. E se a fome é negra, também ele estava negro, sedento de algo que nem eu, nem tu, nem a lua lhe consegue dar. As ondas amaciavam os meus pés, mordiscando-os, cortejando-os como qualquer enamorado e eu descansei a lua. Rouca de me cantar todas as noites. Falei com o Homem da casa : - Mar é esse o teu nome? Mar quê? Mar tudo e Mar nada.
Constaste-me do canto da sereia que tanto amavas, das pequenas borboletas que te faziam cócegas na barriga e algures por toda a tua imensidão, dos loucos que inconscientemente te ofereciam a vida e dos restantes que procuravam em ti tesouros. Mas que arcaboiço tinham eles para tamanha procura, tamanha paixão.
Nenhum coração aguenta o que o mar vive, o que o mar vê. Quiçá? O que o mar esconde.
O Meu Mar.
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