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sábado, 21 de maio de 2011

Ruiva (III)

Foi na manhã quase quente de sexta-feira, que soube tudo o que queria saber sobre ti, pelo menos era o que pensava na altura, agora sei que quero saber muito mais! Logo reparei que falavas muito, era impossível não entender isso, tinhas uma voz desafinada, um tom agudo. ~
E que brincadeira a minha … Cansei-me das laranjas, dos pinos, das bolas , quis fogo ! Aventurei-me, brinquei com ele e queimei-me, atirei-o ao ar como se fossem as minhas amigas bolas, aquelas a que já estou habituado. Por momentos vi a minha mão arder, era uma dor insuportável. Mas encantador aquele espectáculo que nunca antes tinha presenciado. Foi a primeira vez que provoquei dor a mim mesmo. Achava obtuso, estulto, néscio, burro, estúpido, tal acto de despertar dor em si mesmo, nunca antes tinha o compreendido, até eu mesmo o comprovar. Ainda hoje lido com tal vício que me corrói um pouco todos, mas só o facto de o estar a admitir perante estes pequenos, frágeis e virgens guardanapos que pedi “emprestado” ao senhor do café demonstra que estou a superar tal problema. Mas tu, Ruiva ajudaste-me, lembro-me do teu ar preocupado a olhar para a minha mão enquanto eu me hipnotizava com o desconhecido, tu dizias:


-Malabarista! Senhor malabarista! Rapaz, olhe a sua mão, está a arder homem …

2 comentários:

  1. Mais uma vez ADOREI, está fantástico! Continua com a tua história que continuarei aqui a lê-la :D beijinhos fifinha

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  2. Amei, amei, amei. É com MUITO GOSTO que descobri o teu blog, que agora visito diariamente e me perco nos teus textos. Por favor, continua :D

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