Pirata !

Hoje ouvi de novo o teu nome. Algo comum , assente no meu dia dia. Mas hoje, hoje quando ouvi o teu nome ! Não foi só fogo de vista , mergulhei mais uma vez em tempos remotos e perdidos, em mares de piratas e caçadores de tesouros !
O meu tesouro em tempos foste tu ! Foste também o pirata , e eu guardei meu coração numa caixa de mel, depois de tu mo teres entregue , alegando que não o querias mais !
Cansei-me de piratas e mandei de novo meu coração ao ar para quem o apanhar ! Doce , doce como um pacotinho de açúcar . Mas isto tudo porque hoje quando ouvi o teu nome, deu-me uma vontade imensa de recordar palavras e eternas memórias. Então peguei na minha caixinha de mel onde tinha guardado as tuas cartas, escritas com a pena dos piratas, e seladas com um beijo sofredor. Peguei na caixinha e fui em direcção à Terra do Nada , à Terra do Sempre, à Terra do ontem onde não vai haver amanhã. Quando cheguei sentei-me no chão e li e reli, e ri e relembrei. No entanto num piscar de olhos, já não havia mais caixinha de mel ! Tinha desaparecido , fora com o vento ! Voara com pó de fada ! Tinha tantos segredos na caixinha de mel, memórias doces, as tuas cartas ...
E com as tuas cartas, voou também tudo o que a minha caixa guardava !

 E sim querido destino, eu sei que foste tu! Eu não consegui desfazer-me das cartas dos piratas, portanto tiveste de ser tu a matar o meu pirata ! Sem piedade fizeste-lo desaparecer do meu Sempre, do meu Nunca, do meu Ontem !
Foi a última vez